sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Nohvill relata uma emboscada ocorrida durante a viagem:


A neve caía forte, quando todos acordavam assustados com a colisão da carruagem. O jovem Hemish logo saiu, ainda atordoado. Mal acabou de encostar a portinhola, com menos de um passo seu, na grossa camada de neve; ouvi o sibilar de uma flecha e o gemido de Hemish. Todos entramos em pânico na carruagem! Estávamos sob uma emboscada. Krool saiu em seguida, avançou até a frente da carruagem, quando também foi abatido. Enquanto eu já procurava esconder um pouco de minhas moedas por acreditar que o assalto já havia sido bem sucedido, Pallin se preparava para enfrentar os atacantes. Saiu sob a cobertura de seu escudo. Duas flechas cravaram no escudo de carvalho simultaneamente. Pallin avançava vagarosamente no sentido contrário das flechas. Fez sinal para que eu o acompanhasse; apanhei o arco, a aljava e fui ao seu encontro. Pallin apontava para o topo de uma árvore, mas era impossível ver algo com toda aquela nevasca. Novas flechas alvejavam o escudo, indicando a posição do atacante. Peguei um porta-mapas que havia em um dos meus bolsos, esfreguei-o com rapidez em meu casaco enquanto entoava uma antiga oração. O porta-mapas passou a emitir uma pequena luz de seu interior, A essa altura, Pallin já avistara o arqueiro e tentava me indicar sua posição, mas eu não enxergava. Pedi a ele que jogasse o porta-mapas em sua direção. Vi o reflexo do objeto naquele par de olhos, na copa da arvóre, entre alguns galhos. Já era mais que suficiente: Mirei entre aqueles olhos. Ouvimos o corpo cair macio na neve.

Pallin se dirigiu vagarosamente até o corpo, sempre nos protegendo. Não pude acreditar em meus olhos quando vi o que era nosso atacante. Um drow. Nunca havia visto um deles. Intrigado, não tive tempo de pensar; recebemos mais flechas, desta vez na extremidade direita do escudo, o que nos permitia mais um vez prever a posição do atacante. Pallin, já se posicionava para avançar quando avistou nosso inimigo. Pegou o porta-mapas, que jazia ao lado do corpo do drow, e lançou o porta-mapas mais uma vez. Resolvi desta vez me proteger atrás de uma árvore, enquanto observava a trajetória do objeto. Desta vez não obtivemos mesmo sucesso. Pallin me surpreendeu quando resolver correr em investida contra uma árvore. Outro drow caía com o impacto, para dessa vez ser abatido facilmente pelo anão servo de Moradim. Pallin revistava o drow quando foi surpreendido por outros dois drows, vindos da mesma árvore, logo acima dele. Um combate corporal entre os três se iniciou e fiquei a distância, na tentativa de abater os drows. Pallin não resistiu quando surgiram outros drows por detrás de Pallin. Ataquei o quanto pude, enquanto os drows avançavam em minha direção. A distância diminuiu até que não havia mais utilidade para o meu arco. Caí de joelhos, largando o arco ao chão, derrotado ao primeiro encontro com estes elfos amaldiçoados.

Fomos todos amarrados. Os drows nos levaram tudo. Vi uma ponta de esperança em ver todos amarrados. Seria estúpido amarrar corpos sem vida. Mas eu precisava ser rápido, pois não resistiríamos ao frio. Demorou algum tempo até que conseguisse desatar o primeiro nó. Em seguida, eu já desamarrava todos os outros; a essa altura Hemish já tossia, me parecendo resistir ao veneno das flechas dos drows. Krool acordou com uma fúria incontrolável, alvejado por uma flecha também envenenada. Balbuciou algumas palavras completamente sem sentido. Procurava alguma coisa pelo chão, não a encontrando, começou a correr em direção ao rastro da carruagem levada pelos drown, já se apagando devido à queda da neve.

E assim seguimos logo atrás de Krool. Hemish bastante debilitado devido ao veneno, carregando o bravo Pallin, inconsciente e ferido. Eu ao lado, ainda bastante preocupado com a presença de drows naquelas bandas.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Introdução a Campanha do Livro Mortal

Seja por ouro, por conhecimento ou para levar o nome de sua divindade além, a verdade é que o destino uniu Hemish, Kroll, Nohvil e Pallin, em Valga, mais precisamente na Taberna do Touro Sentado.

Ouvia-se aos quatro ventos que o velho aventureiro Thurk estaria reunindo outros aventureiros para uma resgatar um artefato, recompensando-os com uma enorme fortuna., A recompensa, somada a lendária reputação do velho Thurk, atraiu dezenas de aventureiros de várias partes do continente.

Ele então reunia estes em pequenos grupos e lhes contava a história que motivava a tal busca. Segundo Thurk, dois grandes magos, chamados Lukuki e Lijeva criaram um artefato capaz de conjurar criaturas de outros planos. Porém, os dois entraram em conflito de interesses e partiram o livro em duas partes, ficando uma parte com cada um. Nenhum conseguiu reconstruí-lo; Lijeva enlouqueceu, destruiu uma cidade inteira e isolou-se na Ilha de Lastork, afim de construir um império só seu, enquanto Lukuki construiu a Cidade de Vander e escondeu sua parte do livro para que ninguém jamais a encontrasse..



Thurk também lhes informava que não seria ele o contratante da missão; o verdadeiro interessado na busca das partes deste livro se chamava Huvinius, este responsável pelo pagamento da recompensa: cem mil Águias Douradas quando entregassem a parte do livro de Lijeva, além de mil Águias Douradas de adiantamento para compra de equipamento e provisões necessárias. A parte do livro possuída por Lukuki, também renderia a mesma quantia em recompensa.

Um destes inúmeros grupos que se formaram naqueles dias, seria formado pelos quatro jovens aventureiros. Hemish, um jovem humano mas já mestre-de-armas. Kroll, um bárbaro meio-orc oriundo das terras do norte. Nohvill, elfo conhecedor das artes e peregrino. Pallin, anão clérigo de Moradim.

E este foi o grupo destinado a encontrar o livro. A viagem até Lastork levaria em torno de dez dias. O que deveria ser uma viagem tranqüila foi uma verdadeira tormenta. Várias criaturas sinistras e bizarras cruzaram seu caminho.